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terça-feira, 12 de julho de 2011

OAB - ORDEM OU DESORDEM?


Alguns temas são sazonais e, um dos que estão em voga no momento, trata do Exame da Ordem dos Advogados. Qual é a real finalidade do Exame? Por que tantas reprovações em uma prova onde, teoricamente, deveriam ser aplicadas questões sobre assuntos assimilados ao longo de 5 anos de faculdade? Uma reportagem do jornal O Popular (12/07/2011) fala, mais uma vez, sobre o assunto. Uma das teses levantadas na reportagem da conta de que, as faculdades não cumprem seu papel de "filtrar" os candidatos, através do vestibular, que em alguns casos, pode ser marcado por telefone. Será que há alguma credibilidade nesse modelo ? Afirma-se que os alunos concluintes do ensino médio, portanto, candidatos às vagas nas faculdades e universidades, são inaptos a assumirem as referidas cadeiras nas instituições de ensino superior. Nesse caso, de quem é a responsabilidade por tamanho desconhecimento educacional? Do próprio aluno, ou das escolas que não cumprem seu papel a contento? E com relação ao construtivismo, em que o aluno é deixado "à vontade" no processo de aprendizado, será que é mesmo eficiente? Há alguma conveniência entre essas faculdades e os "cursinhos" a quem milhares de graduandos recorrem na reta final pra OAB? O fato é que, antes de criticar e apedrejar as instituições de ensino, dever-se-ia, tentar pelo menos, encontrar a raiz do problema, a péssima qualidade do ensino nos primeiros anos escolares. O Exame da Ordem não deveria ser o carrasco na vida de milhares de profissionais que concluem seus cursos todos os anos, mas tão somente mais uma etapa (a última) para o exercício efetivo da profissão. Não estaria o Exame da Ordem ferindo um dos princípios fundamentais defendidos pelo Direito, a saber o principio da isonomia? De que forma profissionais das várias esferas podem ser iguais no exercício de suas profissões se para se exercer a advocacia é necessário ser aprovado antes no Exame ora citado? É desconhecido de todos um exame ao qual esteja condicionado o exercício da carreira de médico, ou de engenheiro, ou de designer de moda, por exemplo.
E já que é pra testar os conhecimentos, que tal se houvesse um exame de ordem para parlamentares?

segunda-feira, 11 de julho de 2011

PREFÁCIO

 Um antigo dito popular diz que, ao longo da vida, uma pessoa deveria plantar uma árvore, criar um filho e escrever um livro. Em uma outra versão do mesmo ditado, dever-se-ia plantar uma árvore, criar um cão e simplesmente ler um livro... Já dei minha contribuição na preservação do CO², a ideia de criar um filho exige a existência de uma boa parideira (uma que se amolde nos versos descritos por Vinicius de Morais no poema "Receita de Mulher") e, até que esta apareça, aguardo com não menos esperança, transcrevendo a vós alguns trechos de minha biografia. Não encontrarão aqui nenhum romance policial, nenhuma estoria cujos protagonistas vivam em castelos, nem nada que talvez se pareça com o retratada pela dramaturgia televisiva das nove da noite. Conto-vos a minha estoria. Banal, talvez, mas nua, crua e real. Talvez os meus erros sirvam como sinais luminosos, gritantes e estridentes, no meio do caminho de outras pessoas, para que essas não incorram nas mesmas desventuras. Meu sincero muito obrigado àqueles que por aqui passarem. Vivas aos mortais...